O que você precisa saber sobre o satélite LANDSAT

Em pesquisas de Sensoriamento Remoto, a utilização de imagens de satélite como matéria prima para a produção de mapas, análises de áreas e para o monitoramento é uma das grandes inovações no segmento do geoprocessamento, pois possibilita uma gama enorme de análises espaciais e temporais. Nisso, entra o programa LANDSAT objetivando coletar imagens e dados dos recursos naturais da superfície terrestre.

A série LANDSAT teve início na segunda metade da década de 1960, a partir de um projeto desenvolvido pela Agência Espacial Americana e dedicado exclusivamente à observação dos recursos naturais terrestres. Essa missão foi denominada e conhecida como Earth Resources Technology Satellite (ERTS) e em 1975 passou a se chamar Landsat.

Abaixo, segue a imagem do histórico de lançamento e a evolução dos sensores utilizados pela série LANDSAT.

O LANDSAT-1 foi o primeiro satélite desenvolvido para atuar diretamente em pesquisas de recursos naturais, foi lançado em 1972 e denominado ERTS-1 ou LANDSAT-1. Operou por um período de cinco anos adquirindo mais de 300.000 imagens, com repetidas coberturas da superfície da Terra.

Desde que o primeiro satélite foi lançado, em 1972, mais oito da série LANDSAT foram enviados à órbita terrestre para dar continuidade ao programa de observação da Terra, cada um deles passando por melhorias e atualizações. Em cinco décadas de operação, os satélites produziram mais de 9 milhões de imagens — as quais serviram como fonte para mais de 18.000 pesquisas científicas.

A disponibilização das imagens Landsat são gratuitas e disponíveis no site do INPE, USGS e Google Earth Engine

A série de satélites LANDSAT, mesmo sendo a primeira, possui uma gigantesca importância pelo seu acervo histórico e a contínua atualização de tecnologias mantendo características importantes.

A antena de recepção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) localizada em Cuiabá, capta desde os anos de 1970 imagens de todo território nacional, representando um enorme acervo de dados do Brasil, contribuindo para análises históricas de seus respectivos imageamentos captados pelo LANDSAT.

Para maior detalhamento sobre os instrumentos e sensores da série LANDSAT, situação atual, resolução espacial e temporal, o INPE possui todas essas informações

Principais aplicações do LANDSAT

A série LANDSAT é uma fonte riquíssima de imageamento da superfície terrestre, onde os novos registros podem ser comparados com os anteriores, proporcionando análises históricas, que possuem grande importância para a visualização e análise de alteração da superfície terrestre nos últimos anos. Assim, é possível visualizar as mudanças provocadas por ações naturais e humanas ao longo de quase cinco décadas em atividade.

Outras aplicações do LANDSAT se referem à: 

  • Mapeamentos temáticos que tratam de agricultura, recursos naturais, silvicultura, pedologia, queimadas, monitoramento ambiental, poluição, remoção da vegetação, expansão de áreas antrópicas etc;
  • Mapeamento de áreas que mostram os recursos hídricos, áreas úmidas ou alagadas;
  • Atualização de mapas dos aspectos geológicos e geomorfológicos do país;
  • Mapas de uso e cobertura do solo; atualização de mapas gerais do Brasil; mapas de aptidão agrícola; identificação de áreas irrigadas;
  • Contribui para o planejamento urbano e regional; indicando infraestrutura, dentre outras aplicações.

Outra grande importância do LANDSAT atualmente, se trata do projeto MapBiomas Brasil, onde as classificações de cobertura e uso da terra das coleções são baseadas em mosaicos das imagens do LANDSAT.

Além disso, essas imagens são um acervo fundamental para o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre a mudança de uso da terra, mapeamentos diversos que se tratem da cobertura e aspectos ambientais e antrópicos da terra, assim como sua temporalidade que permite uma análise histórica e comparativa para grandes e importantes estudos e monitoramentos ambientais. 

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