Utilizando o sensoriamento remoto para prevenção de riscos e desastres naturais

Em uma era em que os desastres naturais estão se tornando cada vez mais frequentes e devastadores principalmente devido às consequências eminentes do aquecimento global, bem como, de ações humanas, a utilização da tecnologia de sensoriamento remoto emergiu como uma ferramenta crucial na prevenção e mitigação dos riscos representados por tais eventos. Como podemos aproveitar o poder do sensoriamento remoto para melhorar nossa preparação e resposta a desastres naturais?

O que é o sensoriamento remoto e como pode ser usado?

O sensoriamento remoto é uma técnica de obtenção de informações sobre objetos, áreas ou fenômenos sem que haja um contato direto. Quatro elementos são fundamentais em qualquer tecnologia de sensoriamento remoto: a fonte, a radiação eletromagnética (REM), o sensor e o alvo. 

De forma simplificada, um sensor a bordo de um satélite coleta e registra a radiação eletromagnética proveniente de uma fonte, que é refletida ou emitida por um alvo (objeto). As fontes de radiação eletromagnética podem ser o sol, a Terra e as antenas de microondas.

O sensoriamento remoto é aplicado no monitoramento de áreas ambientais; produção de dados de uso e cobertura da terra, de temperatura, de risco de incêndios, de expansão urbana; análise atmosférica e análise topográfica; detecção de desastres naturais, dentre outros.

O sensoriamento remoto surge no século XIX com o desenvolvimento da fotografia e da pesquisa espacial, sendo a fotogrametria e a fotointerpretação essenciais para o conhecimento do território. Apenas em 1960 o termo sensoriamento remoto apareceu na literatura, período no qual os radares foram operacionalizados. 

Na década de 1960, os primeiros sensores orbitais tinham como função gerar dados meteorológicos. No ano de 1972 é lançado o primeiro satélite experimental de levantamento de recursos terrestres, que posteriormente vai ser chamado de Landsat. Os produtos e aplicações do sensoriamento remoto foram ampliados ao longo do tempo. Atualmente são essenciais ao planejamento, estudos, análises, monitoramentos e estratégias em áreas terrestres e aquáticas.

Hoje lidamos com imagens de altíssima resolução espacial que abrangem extensas áreas, a facilidade de acesso a esse tipo de dado possibilita que informações atualizadas sejam obtidas sem que haja coleta em campo, por exemplo.Diversas informações como taxas de desmatamentos e incêndios, extensão de desastres ambientais e serviços como o Google Earth Pro são possibilitados pelo sensoriamento remoto.

Monitoramento através das imagens de satélite

Ao capturar imagens da superfície da Terra, os satélites podem detectar mudanças nas condições ambientais que podem indicar um desastre natural, como inundações, incêndios florestais ou deslizamentos de terra. Essa capacidade de monitoramento permite que as autoridades emitam alertas em tempo hábil.

Além disso, as imagens de satélite fornecem dados valiosos para avaliação de risco e mapeamento de vulnerabilidades, ajudando as autoridades a identificar áreas propensas a tipos específicos de desastres.

Essa abordagem proativa permite que governos e organizações organizem os recursos de forma mais eficaz, priorizem áreas de alto risco e implementem estratégias de mitigação direcionadas para reduzir o impacto de desastres na população.

Imagens inundação no Rio Grande do Sul – Brasil (GeoInova Gestão Territorial).

Com a solução da GeoInova, esse acompanhamento consegue ser ainda mais eficaz devido a centralização dos processos. Em uma única ferramenta permite-se além de vizualisar a imagem da área em monitoramento, possui outras funcinalidades que garatem a precisão das análise, como relatórios personalizados e recursos diversos, como quais os tipos de detecções que podem ser identificadas pelo nosso algorítimo, assim destacando evidências de possíveis acontecimentos eminentes que poderá ocorrer.

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Área em monitoramento pela plataforma.

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Recentes enchentes no Rio Grande do Sul

As recentes enchentes no Rio Grande do Sul trouxeram um impacto devastador na região, levando ao que está sendo descrito como a maior catástrofe climática da história do estado. As chuvas contínuas e as inundações resultaram em destruição generalizada, deslocando milhares de moradores e causando danos às terras agrícolas, cidades e toda a parte de infraestrutura.

À medida que a crise entra em seu 15º dia, com previsão de mais chuva para agravar as condições, o número de mortos continua a aumentar, atualmente em 147 pessoas, com muitas outras ainda desaparecidas. A escala deste ocorrido ressalta a necessidade urgente de esforços para resposta e planejamento de longo prazo para mitigar riscos futuros e garantir a segurança das comunidades. A gravidade desta situação evidencia não só os desafios imediatos colocados por estas inundações, mas também sobre os fatores que contribuem para tais acontecimentos na região.

Fatores que contribuem para as enchentes

A topografia da região sul do país, com suas planícies e vales, torna-a propensa a inundações, especialmente durante períodos de chuvas intensas. Além disso, o solo dificulta a absorção da água, levando ao transbordamento dos rios..

Outro fator importante é o desmatamento e a urbanização desordenada, que reduzem a capacidade do solo de reter água e aumentam o escoamento em direção aos corpos d’água. O crescimento das áreas urbanas sem planejamento adequado de drenagem também contribui para o aumento do risco de enchentes. Isso tudo cria um cenário propício para desastres como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul, evidenciando a necessidade urgente de medidas preventivas mais eficazes.

Além das enchentes, quais outros desastres naturais podem ser mitigados com a ajuda das imagens de satélite?

Alguns deles, incluem:

Incêndios Florestais

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Monitoramento de focos de calor e áreas queimadas para detectar e controlar incêndios rapidamente.

Furacões e Ciclones

Sol no coração de um furacão maciço
, Rastreamento da formação e movimento de tempestades para prever e preparar regiões vulneráveis.

Desmatamento

Desmatamento ilegal vista do drone
Monitoramento de áreas florestais para detectar desmatamento ilegal e degradação ambiental.

Por fim, resumindo…

O uso de imagens de satélite em conjunto com outras tecnologias e dados pode melhorar significativamente a capacidade de prever, monitorar e responder a esses desastres naturais, reduzindo seus impactos nas comunidades e no meio ambiente.

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