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Sensoriamento remoto: conheça mais sobre essa técnica

A popularização dos satélites de sensoriamento remoto permitiram que toda superfície terrestre fosse imageada, ocasionando no desenvolvimento de diversos produtos e informações utilizadas diariamente.

O sensoriamento remoto é uma técnica de obtenção de informações sobre objetos, áreas ou fenômenos sem que haja um contato direto. Quatro elementos são fundamentais em qualquer tecnologia de sensoriamento remoto: a fonte, a radiação eletromagnética (REM), o sensor e o alvo. 

De forma simplificada, um sensor a bordo de um satélite coleta e registra a radiação eletromagnética proveniente de uma fonte, que é refletida ou emitida por um alvo (objeto). As fontes de radiação eletromagnética podem ser o sol, a Terra e as antenas de microondas.

Alguns exemplos de sensores de satélites popularmente conhecidos são o OLI (satélite Landsat); o MSI (Sentinel 2A); o MODIS (Terra) e o WFI (CBERS). As diferenças entre os sensores incluem resolução espacial e temporal, a região do espectro eletromagnético registrada, o formato do dado produzido, etc.

No sensoriamento remoto, a energia eletromagnética que é emitida por qualquer corpo com temperatura acima do zero absoluto é captada e traduzida em produtos. A REM é entendida por ondas liberadas pela oscilação do campo magnético e do elétrico.

Dessa forma, a fonte de radiação eletromagnética interage com todos os objetos e é refletida, transmitida e absorvida, para que ocorram esses fenômenos, são levadas em consideração as características físico-químicas dos objetos.

Atualmente toda superfície do planeta é imageada por diversos satélites e seus produtos são amplamente utilizados. As imagens e outros produtos do sensoriamento remoto são essenciais para diversas atividades humanas, como veremos a seguir.

O sensoriamento remoto surge no século XIX com o desenvolvimento da fotografia e da pesquisa espacial, sendo a fotogrametria e a fotointerpretação essenciais para o conhecimento do território. Apenas em 1960 o termo sensoriamento remoto apareceu na literatura, período no qual os radares foram operacionalizados. 

Na década de 1960, os primeiros sensores orbitais tinham como função gerar dados meteorológicos. No ano de 1972 é lançado o primeiro satélite experimental de levantamento de recursos terrestres, que posteriormente vai ser chamado de Landsat.

Os produtos e aplicações do sensoriamento remoto foram ampliados ao longo do tempo. Atualmente são essenciais ao planejamento, estudos, análises, monitoramentos e estratégias em áreas terrestres e aquáticas.

Hoje lidamos com imagens de altíssima resolução espacial que abrangem extensas áreas, a facilidade de acesso a esse tipo de dado possibilita que informações atualizadas sejam obtidas sem que haja coleta em campo, por exemplo.

Diversas informações como taxas de desmatamentos e incêndios, extensão de desastres ambientais e serviços como o Google Earth Pro são possibilitados pelo sensoriamento remoto. Dessa forma, trouxemos algumas aplicações abaixo.

Como mencionamos anteriormente, o sensoriamento remoto é aplicado no monitoramento de áreas ambientais; produção de dados de uso e cobertura da terra, de temperatura, de risco de incêndios, de expansão urbana; análise atmosférica e análise topográfica; detecção de desastres naturais, dentre outros.

As tecnologias de imageamento são utilizadas em caso de derramamento de petróleo, como  ocorreu em 2010 no Golfo do México; além de permitirem o acompanhamento da evolução de vazamentos de diversos tipos no mar.

No Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) utiliza imagens satelitais para monitorar o desmatamento na Amazônia legal por meio do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES). Por meio deste, são obtidos dados que permitem a elaboração de estudos e políticas públicas de preservação da floresta.

A Geoinova, por meio de seus produtos como o Inovamaps, emprega o sensoriamento remoto no monitoramento de pequenas ou grandes extensões de áreas e propriedades, detectando desmatamentos, invasões, clima, queimadas entre outros.

MENESES, P. R. ALMEIDA, T. Introdução ao Processamento de Imagens de Sensoriamento Remoto. Universidade de Brasília,  UnB, 2012. Disponível em: https://www.academia.edu/6578010/MENESES_and_ALMEIDA_2012_INTRO_AO_PROCESSAMENTO_DE_IMAGEM

MOREIRA, Maurício Alves. Fundamentos do Sensoriamento Remoto: metodologias de aplicação. 4ª edição, Editora UFV, Universidade Federal de Viçosa, 2011. 

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